jueves. 28.03.2024
UNA ENTREVISTA DE ANTONIO CORREDERA

Raúl Guerrero Payo. Poesías y desacato, dibujando un retrato

Rául Guerrero acaba o sei primer livro de poesias com varios poemas en valverdeiro porque foi com o lagarteiro as duas primeiras falas que escutó cuando vinho a este mundo

El joven escritor Raúl Guerrero en una imagen de ANTONIO CORREDERA
El joven escritor Raúl Guerrero en una imagen de ANTONIO CORREDERA

Hoje tenho a fortuna de dar-vos a conhecer o nascimento de um poeta valverdeiro ou valverdenho, tanto me dá que me dá o mesmo.

Se chama Raúl, nasceu no ano 1997. Acabó estes dias atrás o primeiro curso de bacharelato de Artes Escénicas. Apenas um suspiro de vida, pero nesta curta andadura já poe sentir a estima propia de haver dau a luz o sei primer poemário, do que destaco a profundidai do pensamento que brota dos seis versos. Parece mentira que apesar desta brevedai haja acaparau tal grau de desenvolvimento.

Boas tardes, Raúl ¿nos poderias dizer desde quando escreves poesia? Realmente nõ poderia dizer onde enceta o punto zero. Desde que sou consciente, sempres senti o impulso de escrever o mesmo relatos em prosa que em poesia. Ao princípio vã surgindo sem um tono definiu pero poico a poico vas afinando hasta que chega o memento no que pensas que o que escreves pode dar-se a conhecel.

¿Quais sõ os centros de interés que te movem a escrever? Fundamentalmente, como sou inda um adolescente, me movem os sentimentos. Bem é verdai que os temas como a globalizaciõ, as desigualdais sociais, a pobreza, a riqueza, as guerras tamém me motivam, pero sobre o que mais escrevo é sobre os meis sentimentos.

Quando escreves, ¿escreves para ti o por o contrario o fais pensando en dá-lo a conhecer? Sim, claro. Ei escrevo para mim primeiro, pero seria mui egoista guardar-mo para mi, porque ei sé que essas palavras o frases podem tel outra trascendência para outras pessoas e consideiro que tenho que compartilo.

Quando compartes ¿te gusta que sembre algo nos que te puderam ler? Por suposto, me gustaria que tras a leitura a gente sacara conclusiõs o se les abrira a consciência naqueles causos nos que o poema toca um tema social.

¿Tinhas publicau algo antes de edital Poesías y desacato, dibujando un retrato? Adisgata o ano passau publicó "Relatus cortus en fala." Nessa publicaciõ recolherã um relato mei que me contó mei aguelo.

¿Por que o título Poesías y desacato, dibujando un retrato? O desacato a nivel emocional o sentimental por um lau, pero tamem como postura frente as injusticias da vida. Em quanto a dibujando um retrato, é um retrato genérico. Nõ pretende ser o mei retrato, por o contrario pretendo que se sinta retratau no livro quem me lea.

¿Nos poes explicar a portada? Nõ quis ponher a cara completa com o fim de que a gente nõ associe o retrato a minha pessoa. O gesto da risa frente a um coraçõ ardendo representa o gosto que sinto queimando a "ñoñería" que existe na sociedai, pero tamem o enfrentamento de sentimentos que fervem no mei interior, por motivos de encontrar-me num estau de desequilíbrio emocional.

¿Sentes predileciõ por algum autor em especial que poda ser o tei guia? Me gosta a obra de Miguel de Unamuno "San Manuel bueno martir" porque trata de um cura que perde a fé e este feito me choca. Me gostã muto os símbolos de Antonio Machado, da generaciõ do 27 García Lorca, algo de "marinero en tierra" de Rafael Alberti. Da generaciõ do 50 que me gusta e me he aficionau muto, Jaime Gil de Biezma e os livros que acabo de compral de Ángel González. Pero a música tamem me inspira, o rock and roll, a música punk, certos géneros musicais se vem reflejaus nas minhas poesias porque no fundo a música tamém é poesia.

¿Onde se poe adquirir o tei livro? A través do portal de amazon.

Neste ponto termina a entrevista na que queiro anhadir que Rául acaba o sei primer livro de poesias com varios poemas en valverdeiro porque foi com o lagarteiro as duas primeiras falas que escutó cuando vinho a este mundo; e vos deleito com estes versos entresacaus do sei poema em valverdeiro:

Vida

.../... ¡Cuántu tempu sin relós!, / ¡cuántu minutu traidor!, / matí a u tempu que me agobiaba / i u enterrí pa que durmira millor. / Que pena a de sel vellu, / pero mais a de sel criu, / porque sabis que te quedan días, / y aunque non u pensaras, igual morrerías. .../...

Este diario lo hacemos todos. Contribuye a su mantenimiento

ING Direct - Sierra de Gata Digital
Nº CC ES 80 1465 010099 1900183481

Raúl Guerrero Payo. Poesías y desacato, dibujando un retrato